Política

Mamazão rompe com grupo do Boca Torta e se une a Fernando Breno; “deputada da gasolina” tentará milagre nas urnas em 2026

Ex-aliado do coronel Boca Torta reaparece após sumiço pós-derrota e inicia nova aliança, enquanto sua ex-companheira de palanque luta para não virar piada eleitoral definitiva.

Droga Centro - Farmácia Popular

Depois de meses de silêncio absoluto — digno de quem viu a derrota passar com o rolo compressor de 2024 — o ex-vereador e ex-secretário de Obras de Patrocínio, Wellington Fernandes, o popular Mamazão, voltou ao cenário político. E voltou chutando a porta. No último sábado (19), ele apareceu em clima de harmonia política com o pré-candidato a deputado estadual Fernando Breno e oficializou o que muitos já sabiam: o divórcio litigioso com o grupo do autointitulado “Coronel Boca Torta”.

Sim, aquele mesmo coronel que se achava dono das chaves da cidade e do destino eleitoral dos outros — agora vê seu império ruir igual castelo de cartas ao vento. Mamazão, que já foi peça-chave nesse tabuleiro, resolveu pular fora antes que o navio afundasse com banda e tudo. E, para piorar o cenário do grupo, levou junto boa parte dos antigos aliados que, até pouco tempo atrás, batiam continência para o Boca.

Enquanto isso, sobrou para a “deputada da gasolina” a tarefa quase bíblica de tentar, com muita fé e talvez um milagre, superar a marca simbólica de cinco mil votos em Patrocínio. Aliás, se conseguir — e isso é um grande se — já pode agradecer de joelhos, acender vela de sete dias e, quem sabe, até bancar uma procissão de gratidão. O eleitorado, porém, parece ter colocado o nome dela no mesmo posto da gasolina: só passa direto e tenta esquecer o preço.

Nos bastidores, a debandada é vista como um ajuste natural. Afinal, poucos resistem a um coronel em decadência. O tal Boca Torta, que já foi temido em rodas de conversa, hoje inspira mais piadas que alianças. E sua maior aposta política, a parlamentar com o rótulo inflamável, parece ter virado um exemplo de como não conduzir uma carreira no pós-vitória.

Mamazão, por sua vez, ensaia um retorno com novos ares, longe do velho ranço e com discurso renovado. Se vai dar certo, o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: ele saiu na frente — e deixou o ex-grupo com cara de quem viu o próprio comício virar reunião de condomínio vazio.

E assim, o tabuleiro político de Patrocínio vai se redesenhando: com Boca Torta tentando colar os cacos do que sobrou, a deputada da gasolina torcendo para que a bomba não seja seca demais, e Mamazão apostando que ainda tem lenha para queimar — agora longe da fumaça tóxica do velho Saruê.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
[forminator_poll id="14691"]