Varredura de rotina termina com flagrante de celulares escondidos no presídio de Patrocínio

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Uma inspeção que parecia rotineira acabou revelando um esquema ousado dentro da Penitenciária Deputado Expedito de Faria Tavares, em Patrocínio. Na manhã desta quinta-feira (25), policiais penais encontraram seis celulares escondidos em meio às espirais de concertina — estrutura de arame farpado que cerca o pátio de banho de sol de um dos pavilhões.

Mas não parou por aí. Junto com os aparelhos, os agentes também apreenderam um relógio, dois carregadores, duas fontes de energia, um fone de ouvido e três baterias de celular. Os objetos estavam cuidadosamente colocados entre as dobras da cerca, como se alguém soubesse exatamente onde e como ocultá-los.

O mais intrigante? Nenhum detento se manifestou como dono dos itens. O silêncio coletivo acendeu ainda mais o alerta da direção, que já desconfia da participação externa — seja por visitantes, seja por tentativas de arremesso ou até mesmo infiltração por meios mais elaborados.

Os materiais foram levados à Delegacia de Polícia Civil, que agora investiga como os eletrônicos foram parar dentro da unidade. A suspeita de facilitação interna, inclusive com possível envolvimento de servidores ou colaboradores terceirizados, não está descartada.

A direção do presídio promete reforçar a vigilância e ampliar as ações de inteligência. “Vamos apertar o cerco. A segurança não será comprometida”, afirmou um servidor, sob anonimato.

Enquanto isso, novas varreduras estão previstas para os próximos dias — e a expectativa é de que mais surpresas possam surgir por trás das grades.