TRE-MG Reverte Cassação e Garante Mandato de Túlio do Salitre; Elen Soares Fica Fora da Câmara

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Pedro LucasNikolas EliasMaria Clara MarraNenhum/Branco/Nulo

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Patrocínio (MG) — O desfecho de uma das disputas mais comentadas da política municipal se confirmou nesta semana: o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) absolveu o vereador Túlio Expedito de Castro, o Túlio do Salitre, e assegurou sua permanência na Câmara. Com a decisão, Elen Soares, que aguardava assumir a vaga, está oficialmente fora do Legislativo.

O tribunal acolheu integralmente o recurso apresentado pela defesa de Túlio, conduzida pelos advogados Arthur Magno e Silva Guerra. O processo investigava suposta fraude à cota de gênero na chapa do Progressistas (PP) nas eleições municipais. A primeira instância havia determinado a cassação do parlamentar e a anulação dos votos da legenda — decisão que, à época, movimentou partidos, abriu disputa interna e levou aliados a buscar articulações de última hora.

Parecer da PRE-MG foi decisivo no resultado

O cenário começou a mudar após o pedido de vista no julgamento, que indicou a tendência de reversão da cassação. Advogados envolvidos no caso já avaliavam, nos bastidores, que o voto técnico e o parecer da Procuradoria Regional Eleitoral (PRE-MG) seriam determinantes para o resultado final.

No documento, a PRE-MG afirmou não haver provas de que o vereador tinha participação, ciência ou qualquer vínculo com eventual manobra irregular. A ausência de elementos que o ligassem à denúncia acabou desmontando o argumento central da acusação.

A partir daí, a expectativa pela confirmação da absolvição aumentou — e este site antecipou que, pelos sinais do tribunal, a tendência era pela manutenção do mandato.

Fim da novela política

A decisão do TRE-MG encerra uma novela que se arrastava havia meses e que era acompanhada atentamente por lideranças partidárias e pelo próprio Legislativo. A reviravolta desmobiliza articulações que apostavam na posse de Elen Soares e restabelece a composição original da Câmara.

Para o grupo político de Túlio, a vitória tem peso simbólico e eleitoral. No campo oposto, o resultado gera frustração e tende a reorganizar estratégias para 2026.

Com o julgamento concluído, o caso se encerra no plano jurídico. No plano político, porém, seus efeitos ainda devem repercutir nas próximas semanas.