Política

Falcão ao Governo de Minas tira o sono de Zema e Simões

“Tratamento de saúde não pode ter partido político”, afirmou Gustavo Brasileiro ao denunciar o boicote às verbas da Santa Casa e os reflexos da disputa estadual.

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Por Redação Folha de Patrocínio

A ascensão de um nome que incomodou o poder 

Há movimentos políticos que, por si só, desestabilizam as estruturas do poder. O anúncio de Falcão como pré-candidato ao Governo de Minas, feito pelo prefeito Dr. Gustavo Brasileiro, parece ter produzido exatamente esse efeito: o silêncio inquieto de Romeu Zema, seguido por uma sequência de gestos que revelam desconforto, cálculo e retaliação.

Poucos dias após o lançamento, Zema cancelou sua vinda a Patrocínio, onde anunciaria novos investimentos em saúde. E, quase simultaneamente, a Superintendência Regional de Saúde de Uberlândia (SRS) passou a ser comandada por Salomão, ex-secretário de Saúde de Deiró Marra, nome vinculado a um grupo político que por anos transformou a administração municipal em laboratório de caos e clientelismo.

A cronologia é didática. A motivação, transparente. A política de retaliação está de volta — agora travestida de eficiência administrativa.

A vingança como política pública

As denúncias de corte de repasses para a Santa Casa de Patrocínio e para a Secretaria Municipal de Saúde não são episódios isolados. Elas compõem um padrão de conduta que, sob o manto da gestão técnica, opera uma espécie de asfixia institucional seletiva, voltada a enfraquecer a autonomia de administrações municipais que não se curvam ao centro político estadual.

Durante cerimônia pública, Gustavo Brasileiro rompeu o protocolo e denunciou o que chamou de boicote velado:

“Tratamento de saúde não pode ter partido político.”

A frase carrega mais do que indignação: é um ato de resistência ética diante da tentativa de submeter a vida humana à lógica da disputa. A Constituição é clara — a saúde é dever do Estado e direito de todos. Negar-lhe os meios é negar a própria essência do pacto republicano.

Zema: a face cínica da neutralidade

Romeu Zema construiu sua imagem como a do gestor racional, distante das paixões e dos vícios da velha política. Mas a aparente neutralidade esconde um pragmatismo frio, quase calculista, que escolhe quando agir e quando se omitir.

O governador que se apresenta como “Chico Bento da eficiência” revela-se, cada vez mais, um estrategista de aparência mansa e intenções implacáveis — capaz de usar o discurso da meritocracia como instrumento de exclusão e contenção.

Enquanto prega a despolitização da máquina pública, pratica a politização silenciosa dos repasses, dos cargos e das estruturas regionais. A diferença é que agora a retaliação se faz com gravata, decreto e silêncio administrativo.

Salomão: a velha política com novo crachá

A nomeação de Salomão para a Superintendência Regional de Saúde é o ponto mais visível dessa engrenagem. Um radiologista sem histórico de gestão hospitalar de grande porte foi escolhido para comandar uma das estruturas mais complexas do sistema estadual — e isso em uma região que abriga centros de referência médica e profissionais de renome.

A escolha não é técnica. É política. E é estrategicamente simbólica: devolver poder a um grupo político derrotado nas urnas e retaliar o município que ousou se libertar de sua tutela.

É a velha política dos Marras ressurgindo sob o beneplácito do governo Zema — aquela que prefere gerar caos a perder o controle.

A coragem de dizer não

Patrocínio, entretanto, não é cidade que se intimide facilmente. O gesto de Gustavo Brasileiro ao denunciar publicamente a retaliação tem a força dos atos fundadores — aqueles que restabelecem princípios quando o cinismo se torna regra.

O prefeito recoloca a política em seu verdadeiro eixo: a defesa do bem comum acima dos interesses de facção. Sua fala ecoa não apenas como denúncia, mas como divisor moral — um contraponto ao uso frio e calculado do poder de Estado.

O novo capítulo mineiro

A candidatura de Falcão ao Governo de Minas emerge, assim, não como uma mera alternativa eleitoral, mas como um desafio moral e simbólico ao domínio de um modelo político que se esconde sob o verniz da eficiência.

Se tirar o sono de Zema é, de fato, um efeito colateral, que assim seja. Porque talvez seja hora de Minas acordar — e enxergar que por trás da ”serenidade contábil” do governo, há um projeto de poder que dorme em paz enquanto o povo sofre em silêncio e nem LOCALIZA a intenção.

Editorial publicado pelo Folha de Patrocínio – 16 de outubro de 2025.


 

Um Comentário

  1. Essa denúncia tem que chegar a vários canais de televisão de Minas Gerais, para o povo Mineiro ver o que esse ser podre chamado Zema anda fazendo. A máscara dele tem que cair diante do povo mineiro.

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