Cinco anos depois, covarde assassino de Cássio Remis ainda não pagou pelo crime
Execução brutal de 2020 expôs a violência política em Patrocínio; absolvição escandalosa revoltou a cidade e impunidade de Jorge Marra segue manchando a Justiça brasileira.

Em 24 de setembro de 2020, Patrocínio foi palco do episódio mais cruel de sua história política. O ex-vereador Cássio Remis foi assassinado covardemente, à luz do dia, com disparos à queima-roupa. O autor, Jorge Marra, irmão do então ex-prefeito Deiró Marra, agiu com frieza e brutalidade, calando a voz de um representante que denunciava irregularidades e cobrava transparência.
A execução, registrada em vídeos e amplamente divulgada, chocou o Brasil e o mundo. Mas a revolta cresceu ainda mais quando, em um dos capítulos mais vergonhosos da Justiça local, Jorge Marra foi absolvido em júri popular realizado em Patrocínio. A decisão afrontou provas, lógica e memória, tornando-se um símbolo de impunidade e descrédito.
Cinco anos se passaram, e a ferida continua aberta. O grito de indignação ecoa não apenas da família de Cássio, mas de toda uma sociedade que assistiu ao assassino seguir em liberdade. A sensação é de abandono e de fracasso institucional, como se a vida de um homem pudesse ser apagada sem qualquer consequência real.
Agora, com o desaforamento do julgamento para Belo Horizonte, a expectativa é de que a Justiça, finalmente, cumpra o seu papel. Não se trata apenas de condenar um criminoso: é de restaurar a credibilidade das instituições e afirmar que a política não pode se tornar espaço de violência, intimidação e covardia.
Patrocínio não pode conviver eternamente com essa vergonha. O Brasil não pode aceitar que um crime tão bárbaro continue impune. Cinco anos depois, a pergunta que ecoa é dura e inevitável: até quando o covarde assassino de Cássio Remis permanecerá sem pagar pelo que fez?
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