Política

“As Rainhas dos Buracos” voltam ao centro do debate após secretário denunciar uso eleitoreiro em obra da MG-230

Pedro Lucas critica pavimento de R$ 25 milhões que se desfaz, cobra respeito a região e denuncia desperdício de dinheiro público em pleno período pré-eleitoral.

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O reaparecimento de falhas no asfalto recém-aplicado da MG-230 recolocou os chamados ”maquiagem da rodovia” no foco da disputa política regional. A precariedade do pavimento, que se esfarela nas mãos, motivou críticas contundentes do secretário de Desenvolvimento Econômico de Patrocínio, Pedro Lucas, que responsabilizou o governo estadual e parlamentares da região pelo que definiu como mais um capítulo de promessas apressadas em ano pré-eleitoral.

O secretário afirmou que a obra, estimada em mais de R$ 25 milhões, foi executada de forma acelerada e sem compromisso técnico consistente. “O governador e os deputados da região precisam ter respeito com a nossa região”, disse, ao mostrar o material se desfazendo. “Chega de maquiagem com o nosso dinheiro.” Ele apontou que a primeira chuva foi suficiente para expor buracos e irregularidades ao longo da pista.

Pedro Lucas insistiu que a intervenção ilustra um padrão antigo de ações paliativas usadas como vitrine em momentos politicamente convenientes. “Estamos cobrando porque sabemos que nossa região merece muito mais. A MG-230 está aí para provar o que já vínhamos alertando: asfalto feito às pressas, sem cuidado e sem qualidade. É um desrespeito com quem paga a conta”, afirmou.

O episódio reacendeu na população a memória de obras inacabadas e reparos improvisados, frequentemente associados aos políticos com medidas eleitoreiras, expressão que se tornou símbolo da frustração com investimentos mal executados. Moradores e motoristas relatam indignação com a reincidência de falhas em um trecho recém-entregue, reforçando a percepção de que o problema não está apenas no asfalto, mas na condução política das obras públicas.

A crise abriu mais uma frente de desgaste para representantes estaduais, criticados pela falta de fiscalização e pela entrega de serviços considerados aquém do esperado. Enquanto isso, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico prepara novas cobranças formais ao governo de Minas para que providências sejam adotadas antes que o tráfego na rodovia seja ainda mais prejudicado.

 

 

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