Política

A “Brazuela” do Brasil: quando o Supremo vira faz-tudo e o Congresso vira enfeite

Ministro do STF assume protagonismo, ultrapassa Legislativo e gera tensão política ao derrubar decisão do Congresso sobre aumento do IOF no Brasil.

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Na “república” da Brazuela, o juiz não se limita a interpretar a lei — ele escolhe presidente, reescreve a Constituição, persegue adversários, cala o Congresso e ainda transforma seu bastão numa arma de golpe. Enquanto isso, o Congresso Nacional, eleito pelo povo, virou mera decoração para compor o cenário do teatro político.

O ministro Alexandre de Moraes, esse multitarefas do Judiciário, decidiu derrubar a decisão de 383 parlamentares eleitos — aqueles que supostamente deveriam representar a vontade popular — e restabeleceu o aumento do IOF, mostrando que a Constituição agora tem dois poderes: o Executivo e o “Supremo Tribunal de Moraes”. Congresso? Ah, esse pode fechar logo, ninguém vai sentir falta.

Senadores que não conseguem sequer reduzir o IOF no próprio país ainda sonham em viajar aos Estados Unidos para negociar tarifas americanas, enquanto uma multidão alienada discute Brazuela sem entender que o maior espetáculo de vergonha acontece dentro das próprias fronteiras. E para os que se iludem com o luxo do Celta parcelado em 200 vezes: isso não faz ninguém classe média, só mostra o tamanho da fantasia.

Enquanto as gôndolas dos supermercados ainda têm produtos, a população assiste o circo pegar fogo, assistindo a um governo que governa “se for ao Supremo Tribunal de Moraes”, como confessou o próprio presidente Lula. O cenário é digno de uma tragicomédia — o ministro não eleito dá um show de autoritarismo e o Congresso, amarrado e calado, finge que nada acontece.

No fim, resta à “Brazuela” a plateia conformada, que prefere economizar na ida às urnas e entregar de mão beijada a chave do Brasil a um ministro que não votamos. Afinal, para que deputados, senadores ou presidente, se a verdadeira governança hoje mora no STF?

 

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