Deiró critica traições, mas histórico político e condenação eleitoral expõem contradições em seu discurso
Ex-prefeito de Patrocínio afirmou que o ex-aliado, mas sua trajetória de apoio a Anastasia, Pimentel e Zema, somada à inelegibilidade, reforça dúvidas sobre coerência política.

O ex-prefeito de Patrocínio, Deiró Marra, usou entrevista à Rádio Difusora onde disse ter se decepcionado com o ex-secretário de Obras, Mamazão, falando de traição política. As declarações, no entanto, reacenderam memórias incômodas de sua própria trajetória, marcada por rompimentos sucessivos de alianças e mudanças de lado no cenário estadual.
Deiró foi aliado de Antonio Anastasia, a quem abandonou para apoiar Fernando Pimentel. Depois, rompeu novamente, migrando para a base de Romeu Zema. Até mesmo sua filha protagonizou movimentações partidárias: foi eleita por uma sigla e, pouco tempo depois, mudou para o PSDB e já fala em deixar o PSDB.

O histórico, lembrado por críticos, enfraquece o tom de indignação com supostas “traições” de ex-aliados.
Outro ponto polêmico é sua situação jurídica. Embora tenha afirmado não estar inelegível, a Justiça Eleitoral já julgou e condenou Deiró, decisão que transitou em julgado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Dessa forma, ele se encontra inelegível por oito anos. O ex-prefeito ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas, até eventual reversão, permanece impedido de disputar eleições conforme a Lei da Ficha Limpa.
A ironia é que, ao acusar antigos aliados de deslealdade, o ex-prefeito enfrenta ele próprio as consequências de um histórico político de idas e vindas. Nos bastidores, a reação foi de estranhamento: ao criticar traições, Deiró acabou lembrando episódios que muitos já consideram parte de sua própria cartilha.
Por que o Deiró atravessou o estado?
Para apoiar Anastasia, depois Pimentel, depois Zema… e ainda reclamar que os aliados são desleais!
📌 Nota
A condenação de Deiró Marra já transitou em julgado no TRE, o que o torna inelegível por oito anos. Ainda cabe recurso ao TSE ou STF, mas até decisão em contrário ele permanece impedido de disputar eleições.




JUSTIÇA ELEITORAL CONDENA DEIRÓ, MAMAZÃO E VALTINHO POR ABUSO DE PODER POLÍTICO

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