Justiça

Médico Coordenador da emergência da Santa Casa de Patrocínio é condenado a mais de 11 anos de prisão em regime fechado e agora é considerado foragido pela Justiça mineira

Leonardo Pinder, médico atuante em Patrocínio, foi condenado por envolvimento em esquema criminoso ligado à venda de hormônios e tráfico de anabolizantes

Droga Centro - Farmácia Popular

O médico Leonardo Pinder Fontes, que até recentemente ocupava o cargo de coordenador da emergência da Santa Casa de Patrocínio, foi condenado a 11 anos e cinco meses de prisão em regime fechado.

Ele é um dos principais alvos da Operação “Má Influência”, que desvendou uma rede de tráfico de drogas e venda ilegal de medicamentos controlados. Após a condenação e Habeas Corpus negado, Leonardo Pinder passou a ser considerado foragido pelas autoridades.

A operação, conduzida pelo Gaeco e pelo Ministério Público de Minas Gerais, desmantelou um esquema criminoso com ramificações em diversas cidades do estado. Ao todo, 14 pessoas foram presas na ação, que também resultou na apreensão de mais de R$ 120 mil em espécie, veículos de luxo, anabolizantes e outros bens de alto valor. A atuação do médico foi considerada essencial para viabilizar a comercialização dos medicamentos, especialmente hormônios de crescimento, usados de forma irregular.

Leonardo Pinder foi acusado de emitir receitas falsas que permitiram ao influenciador digital Lohan Ramires, com mais de meio milhão de seguidores nas redes sociais, comercializar substâncias proibidas sob o disfarce de marketing fitness.

Lohan Ramires Influencer – Foto Instagram Pessoal

Lohan Ramires foi preso em maio de 2022 em um condomínio de luxo em Uberlândia, onde mantinha um estilo de vida ostentatório e recebia inclusive auxílio emergencial durante a pandemia.

Ambos foram condenados por tráfico de drogas, associação criminosa e falsidade ideológica. Lohan pegou pena superior a 18 anos, enquanto Leonardo recebeu sentença de mais de 11 anos. A defesa do médico tentou reverter a decisão com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, mas o pedido foi negado pelo ministro relator Joel Ilan Paciornik. O processo, conforme registrado no Diário da Justiça Eletrônico, seguirá para parecer do Ministério Público Federal.

Além da “Má Influência”, a Polícia e o MP anunciaram um novo desdobramento: a Operação “Popeye”, que mira especificamente a atuação de médicos no fornecimento irregular de hormônios e anabolizantes. Ao menos 125 pessoas já estão sob investigação, das quais 80 são profissionais da saúde. A prática envolve, além da venda não autorizada de remédios restritos, o descaminho de tributos federais.

Habeas Corpus Negado em 21 de maio de 2025

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