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Patos de Minas aparece entre os piores municípios para mulheres em Minas, segundo novo índice nacional

Levantamento considera desigualdade salarial, representatividade política, violência de gênero e desemprego entre jovens como critérios para medir a qualidade de vida feminina.

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Um estudo divulgado nesta semana pelo Instituto Socioambiental Tewá 225 acendeu um alerta sobre a realidade das mulheres em Minas Gerais. O levantamento, que avaliou dados do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (ISDC-BR), revelou que Patos de Minas figura entre as dez piores cidades do Estado para ser mulher — em um ranking que aponta desequilíbrios estruturais, desigualdade de oportunidades e baixos índices de proteção social.

A pesquisa analisou 34 municípios mineiros, e em 30 deles o desempenho foi classificado como muito abaixo do ideal. A cidade de Araxá, por exemplo, foi a pior avaliada em Minas Gerais e ocupa a 16ª posição entre as piores do país. A disparidade salarial foi um dos fatores mais críticos: em 2022, as mulheres araxaenses recebiam, em média, 52% menos que os homens.

Além da remuneração desigual, o estudo considerou outros aspectos alarmantes: o número de feminicídios por 100 mil mulheres, o percentual de jovens mulheres fora da escola e do mercado de trabalho, além da baixa representatividade feminina nas câmaras municipais. Esses dados revelam um cenário de exclusão e vulnerabilidade que afeta diretamente a qualidade de vida das mulheres em cidades do interior mineiro.

A lista das dez piores do Estado inclui, além de Araxá e Patos de Minas, os municípios de Ituiutaba, Sabará, Poços de Caldas, Varginha, Sete Lagoas, Ipatinga, Betim e Vespasiano. Segundo os responsáveis pela pesquisa, as cidades que melhor pontuaram em Minas ainda estão longe de alcançar os parâmetros desejáveis de igualdade de gênero. Mesmo Belo Horizonte, Juiz de Fora, Nova Lima e Nova Serrana, consideradas as menos desfavoráveis, permanecem na zona de alerta.

Os dados expõem uma realidade urgente e desafiante para gestores públicos, sociedade civil e instituições, reforçando a necessidade de políticas efetivas de combate à desigualdade e de promoção da equidade de gênero em todo o Estado.

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