Operação Libertas: Justiça condena líderes de esquema interestadual de exploração sexual de travestis e mulheres trans em Uberlândia
Sentenças aplicadas em Uberlândia punem os envolvidos por organização criminosa, lavagem de dinheiro e rufianismo, com penas que chegam a mais de 21 anos de prisão.

A Justiça de Uberlândia condenou nesta semana os principais acusados envolvidos na Operação Libertas, deflagrada em 2021 para desarticular um esquema interestadual de exploração sexual de travestis e mulheres trans. A sentença, proferida pela 1ª Vara Criminal da cidade, aplicou penas severas a três mulheres apontadas como líderes do grupo criminoso.
Uma ex-vereadora de Uberlândia, considerada a chefe do núcleo local, foi sentenciada a 14 anos, seis meses e 28 dias de reclusão pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e rufianismo. Além da pena privativa de liberdade, a Justiça impôs multa e decretou a perda de bens da condenada.
Outra mulher, que liderava o grupo em Criciúma (SC), recebeu a maior pena: 21 anos, 10 meses e 18 dias de prisão, também por organização criminosa, lavagem de dinheiro, rufianismo e embaraço às investigações. Uma terceira ré foi condenada a 14 anos, nove meses e 29 dias pelos mesmos delitos. Todas as penas deverão ser cumpridas inicialmente em regime fechado.
A decisão também determina o pagamento de indenização de R$ 20 mil para cada vítima, a título de danos morais. Além disso, houve o confisco de imóveis e veículos vinculados ao esquema criminoso.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) apresentou a denúncia em agosto de 2023, quando as acusadas foram presas preventivamente. Outras condenações decorrentes da Operação Libertas já foram proferidas, com penas variando entre sete e mais de vinte anos.
O processo segue aberto, e cabe recurso contra as decisões.
Processo nº: 5030836-22.2024.8.13.0702
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