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EUA bombardeiam base iraniana na Síria e aumentam tensão no Oriente Médio

Alvo estratégico da Guarda Revolucionária foi atingido neste sábado (22); governo iraniano promete reação e crise com Israel pode se agravar

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Os Estados Unidos realizaram, na madrugada deste sábado (22), um ataque aéreo contra uma base utilizada por forças ligadas ao Irã na região de Deir ez-Zor, no leste da Síria. A ofensiva teve como alvo estruturas operacionais da Guarda Revolucionária Iraniana, incluindo depósitos de armas e instalações logísticas, segundo o Pentágono.

De acordo com autoridades americanas, o bombardeio foi uma resposta direta a recentes ataques contra tropas dos EUA na Síria e no Iraque, atribuídos a milícias xiitas apoiadas pelo Irã. A operação ocorre num momento de tensão crescente entre Teerã, Washington e Tel Aviv, e acende o alerta para o risco de um novo conflito regional.

“Foi uma ação defensiva, proporcional e necessária”, afirmou John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.

Irã promete resposta

Em nota, o governo iraniano condenou o ataque como “uma agressão contra a soberania da Síria” e classificou a ação como “provocativa”. O Ministério das Relações Exteriores do Irã prometeu uma resposta “rápida e contundente”, alertando seus aliados no Oriente Médio, como o Hezbollah e milícias iraquianas, a se manterem em prontidão.

Enquanto isso, Israel continua em combate com o Hamas na Faixa de Gaza e realiza operações preventivas no sul do Líbano, temendo o avanço de grupos armados pró-Irã em suas fronteiras.

Reações internacionais

O Conselho de Segurança da ONU foi acionado por membros como Rússia e China, que pediram contenção e criticaram a ação americana. Já França e Reino Unido respaldaram a ofensiva, argumentando que os EUA agiram em legítima defesa.

Nos bastidores, diplomatas alertam que a ausência de diálogo direto entre Estados Unidos e Irã, somada ao colapso do acordo nuclear, favorece novos confrontos.

Escalada preocupa

Especialistas apontam que o bombardeio aumenta o risco de um conflito maior. “Cada ataque como esse diminui o espaço para negociação e aumenta as chances de um erro de cálculo militar”, avaliou Ariane Tabatabai, pesquisadora em segurança internacional.

Até o momento, não há informações oficiais sobre vítimas fatais ou feridos. A área bombardeada permanece sob vigilância.

A crise deve permanecer no radar da comunidade internacional nos próximos dias. O temor é que o confronto entre Irã, Israel e EUA deixe de ser indireto e ganhe escala regional, com repercussões econômicas e políticas em todo o mundo.

 

 

 

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