CASEMG: Lugar de morcegos, habitat natural do “Batman do Cerrado”, deixará de ser a BatCaverna para dar lugar ao progresso e bem-estar da população
Cadê os barracões da Casemg? Por que a antiga gestão nunca falou sobre esse assunto? Abandono virou problema, agora será solução para centenas de famílias.

Durante anos, o terreno da antiga Casemg — uma das maiores áreas públicas esquecidas de Patrocínio — foi cenário de degradação urbana, depósito de lixo, esconderijo de usuários de drogas e reduto de animais peçonhentos. Também abrigava morcegos em profusão, o que rendeu ao local, entre os mais bem-humorados, o apelido de “BatCaverna do Cerrado”. O problema é que, diferente das histórias em quadrinhos, nunca apareceu um herói para salvar aquele espaço — até agora.
Com vegetação composta exclusivamente por eucaliptos em sua maioria queimados, árvores ocadas e sem qualquer valor ambiental, o local virou um símbolo do descaso. Mas esse cenário está prestes a mudar. O terreno foi limpo e vai receber três importantes estruturas públicas: um conjunto do programa Minha Casa, Minha Vida, uma nova Unidade Básica de Saúde e uma Creche.
Difícil de acreditar? Não para quem entendeu que, para avançar, às vezes é preciso cortar o que está podre — literalmente.
Onde estavam os barracões? E por que o silêncio?
Antes de qualquer árvore, o que desapareceu mesmo foram os barracões da Casemg. Sim, eles existiam. Tinham estrutura, até o Batman por vezes esteve lá. Mas ao longo dos anos, ruíram ou foram removidos silenciosamente, sem alarde, sem placas de obra, sem prestação de contas e, curiosamente, sem nunca ter sido tema de protesto ou denúncia ambiental por parte dos “especialistas de plantão”.

Durante toda a última gestão municipal, nenhuma linha foi escrita sobre a situação do terreno. Nenhuma fala indignada nos microfones das rádios. Nenhuma audiência pública. Um silêncio que hoje contrasta com a súbita inquietação de alguns que, só agora, resolveram “defender o verde” ou tentar se aparecer para não caírem no esquecimento.
Mas que verde? Eucalipto queimado?
A supressão que virou escândalo — para alguns
A remoção das árvores da área da Casemg seguiu todo o rito legal: vistoria, relatório fotográfico, análise técnica, parecer da Secretaria de Meio Ambiente e publicação no Site Oficial. A madeira, mesmo de qualidade inferior, foi doada à APAE, gerando benefício direto à comunidade. E ainda haverá compensação ambiental: árvores nativas, novas áreas verdes e a revitalização da APP da Avenida Jorge Elias Abrão.
Curiosamente, os mesmos defensores do meio ambiente que agora questionam a derrubada das poucas árvores da Casemg não se manifestaram sobre a derrubada massiva das árvores em várias avenidas da cidade nem sobre a destruição da área de preservação da Avenida dos Lagos (Av. Jorge Elias), ambientes que sofreram impactos ambientais muito mais significativos. Parece que o “Batman do Cerrado” prefere manter sua BatCaverna intacta — afinal, moradia popular ali ao lado? Nem pensar.
A ONG de BH, o pai, a filha e o Codema
Entre os detalhes que passaram despercebidos está a participação simultânea de um ex-secretário de Meio Ambiente e de sua filha como conselheiros do Codema, representando uma ONG sediada em Belo Horizonte e outro representando uma ONG sediada em Monte Carmelo — ou seja, sem atuação local comprovada, como exige a lei, que o próprio ex-secretário da turma do Boca Torta ajudou a escrever e promulgar.
Essa representação, além de questionável do ponto de vista ético, não atendia aos critérios de legalidade previstos na própria Lei Municipal, que exige participação de entidades atuantes no município e com atividades comprovadas. Ou seja, quem cobrava legalidade no presente, ignorava a irregularidade no passado. Corre-se o risco de todos os processos aprovados na época do Boca Torta serem anulados.
Hoje, o Codema está reestruturado. Tem decreto, membros nomeados, vagas para entidades locais e processo de recomposição seguindo normas ambientais. É público. É oficial. E, ao contrário do que se viu no passado, não serve mais de palanque pessoal e canetadas do Boca Torta.
O quarteto que se uniu ao que há de pior
Pior de tudo, o homem que se dizia de causa, sempre foi, na verdade, causa própria. O “Batman do Cerrado” hoje anda de mãos dadas com o “Pinguim”, vulgo Boca Torta, e o “Menino do Sine”, e juntos comandam a redação do Patrocínio Hoje. Sem esquecer do infame “Despachante do Mal”.
Que quarteto fantástico se formou, unindo forças com o que existe de pior na esfera humana e política local — um verdadeiro grupo que prefere manter o velho jogo, ao invés de colaborar com o progresso e o bem-estar da população.
O ex-secretário que nunca apareceu e sempre atrapalhou
O ex-secretário, que nunca apareceu e sempre atrapalhou a vida e progresso principalmente dos produtores rurais, agora aparece querendo demonstrar seu pouco conhecimento e muito barulho, juntamente com o menino do jornal que, angustiado procura um lugar ao sol, ou melhor uma vaga na Prefeitura. Mas pelo currículo apresentado, dificilmente encontrará.
O que vem pela frente
A população vai sentir — e ver — a mudança. A área da antiga Casemg, antes evitada até por quem passava de carro, agora será local de convivência, moradia e atendimento básico de saúde. A praça que será construída terá iluminação, acessibilidade e paisagismo com espécies nativas, substituindo o ambiente seco, denso e escuro dos eucaliptos.
Já o conjunto habitacional do Minha Casa, Minha Vida atenderá famílias de baixa renda que aguardam há anos na fila da habitação. E a nova UBS, prevista no mesmo projeto, ampliará o acesso à saúde pública para bairros como Congonhas, Morada Nova e adjacências.
Uma escolha: o abandono ou o avanço?
Enquanto alguns preferem a nostalgia do matagal abandonado, do silêncio cúmplice e das árvores ocas, a cidade escolhe outro caminho: o da ocupação responsável, da legalidade e da transformação social.
A Casemg, que por anos serviu de esconderijo para o retrocesso, vai dar lugar ao futuro. E se algum “Batman do Cerrado” quiser voltar à antiga BatCaverna, terá que procurar outro esconderijo. Porque ali, agora, vai morar gente. Vai nascer vida. Vai ter futuro.
A recusa à moradia popular representa resistência ativa a políticas públicas inclusivas, sob o disfarce de “manutenção da ordem”, “proteção do patrimônio” ou “valorização do bairro”. Isso é comum em setores da elite urbana que combatem iniciativas de justiça social alegando preocupações urbanísticas ou econômicas, segue o fenômeno NIMBY (“Not In My Backyard”) — quando alguém até apoia políticas públicas, desde que não afetem diretamente seu território. Isso perpetua a desigualdade espacial nas cidades brasileiras, um padrão individualista, elitista e contraditório — onde a imagem de justiça é invocada para manter privilégios, e não para distribuí-los. Essa figura encarna o tipo de liderança (no seu mundo colorido) que se opõe a qualquer redistribuição social que possa tocar seus muros, mesmo sob a fantasia do herói.
Tá faltando o anao ai Erik.
Ele finge estar escondido kkk mais tá sempre na aviação. A mulher dele tá contratada no gabinete você acha que é por competência? É a troca do Maurinho estar com o boca torta
Caramba… bem lembrado.